Desse modo, podemos concluir que o alongamento e a musculação treinam capacidades físicas distintas, pois ambas respeitam o principio da especificidade. Este determina que as capacidades físicas são desenvolvidas de acordo com os meios utilizadas para treina-las. Portanto, indivíduos que visam músculos enormes não teram uma flexibilidade aprimorada. Outro fator importante é observado quando analisamos indivíduos muito hipertrofiados e estes parecem ser desprovidos de mobilidade articular. De fato, é só aparência já que músculos enormes dificultam a movimentação da articulação, por exemplo o músculo bíceps hipertrofiado em excesso dificulta a flexão do cotovelo. Tal mecanismo pode ser facilmente explicado através da lei da física que afirma " dois corpos não ocupam o mesmo espaço".
Alguns trabalhos demonstram que a flexibilidade pode melhorar de modo significativo em indivíduos que realizarão treinamento de musculação apenas, mas claro que esse ganho não se compara ao treinamento especifico ( Guedes et al., 2008; Fleck & Simão, 2008). Essa melhora está relaciona com a movimentação articular necessária para se treinar força, onde muitas vezes indivíduos ganham amplitude articular por realizarem movimentos em articulação nunca antes treinadas e consequentemente ganham força e de forma secundária um pequeno aumenta na flexibilidade.
No entanto, vale salientar que o treinamento deve ser prescito de acordo com o seu objetivo e necessidade, respeitando sempre a leis da especifidade.
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